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ENTREVISTA


QUINTA-FEIRA, 23 DE JUNHO DE 2011


VANESSA RODRIGUES DE SOUSA - ENTREVISTA Nº 322

PEQUENA BIOGRAFIA

Vanessa Rodrigues de Sousa, nasceu na cidade do Rio de Janeiro no ano de 1980, vindo de uma família de escritores e literatos desenvolveu ainda muito jovem interesse e aptidão para escrever poesias. Tendo passado parte da infância e juventude na cidade de Cabo Frio, foi lá que ingressou em grupos teatrais e poéticos tendo como referencia o grupo Sociedade Dos Poetas Vivos criado e coordenado pelo poeta e literato Maurício Cardozo, que tinha como meta desenvolver o interesse dos jovens os estimulando e ensinando a recitar e interpretar poetas brasileiros e estrangeiros nos palcos das escolas ou mesmo praças publicas onde trabalhava a espontaneidade e combatia a timidez dos seus discípulos. Hoje dedica-se regularmente à produção poética, participando de grupos e sítios eletrônicos voltados para o tema, é membro da ARTPOP Academia de Artes e Letras de Cabo Frio, é colunista do Blog Cartão Vermelho TV, idealizado e coordenado pelo escritor, poeta e grande amigo Álex Garcia.
Redatora Chefe do Rio das Ostras Jornal Online e Impresso.

http://vanessacabofrio.blogspot.com
http://vanessadevassa.blogspot.com
http://pt-br.facebook.com/vanessapoetisa
http://recantodasletras.uol.com.br/autores/vanessarodrigues
http://depressaoepoesia.ning.com/profile/vanessa
http://www.poetasdelmundo.com/verInfo_america.asp?ID=5961

ENTREVISTA

SELMO VASCONCELLOS - Quais as suas outras atividades, além de escrever ?

VANESSA RODRIGUES DE SOUSA - Em primeiro lugar sou mãe dedicada de um pimpolho de 3 anos. Além disso, escrevo meus blogs e tenho colaborado com jornais regionais, redes sociais e blogs de amigos. Esse ano enfrentei o desafio de tornar-me redatora do Rio das Ostras Jornal e confesso que estou adorando a experiência.

SELMO VASCONCELLOS - Como surgiu seu interesse literário ?

VANESSA RODRIGUES DE SOUSA - Acho que tem algo a ver com meu DNA, venho de uma família de literatos. Meu pai escreve, é fundador da Academia de Arte de Cabo Frio e região, e meu avô também escrevia. No colégio fui despertada para a poesia. Comecei e não parei.

SELMO VASCONCELLOS - Quantos e quais os seus livros publicados ?

VANESSA RODRIGUES DE SOUSA - Ainda estou na fase de divulgação do nome, e embora já tenha vários livros engavetados, aguardo o momento mais propício para um lançamento que alcance não somente meu estado, mas a maior parte possível do território nacional. Por enquanto, publico quase que exclusivamente na internet, com exceção da coluna que mantenho no Rio das Ostras Jornal Impresso.

SELMO VASCONCELLOS - Qual (is) o(s) impacto(s) que propicia(e) atmosfera(s) capaz(es) de produzir poesia ?

VANESSA RODRIGUES DE SOUSA - Poesia é um mundo misterioso mesmo para mim. A inspiração, como vemos na história literária, vem das alegrias, dos amores, e sobretudo das dores. Mas o pensamento nasce de repente e o melhor que podemos fazer é viajar com ele.

SELMO VASCONCELLOS - Quais os escritores que você admira ?

VANESSA RODRIGUES DE SOUSA - Admiro clássicos como Fernando Pessoa e Gonçalves Dias. Há pouco recebi um lindo presente, um livro de Carlos Drummond de Andrade. Estou adorando.

SELMO VASCONCELLOS - Como surgiu seu interesse literário ?

VANESSA RODRIGUES DE SOUSA - Para os novos eu daria um conselho, embora também seja eu mesma uma poetisa nova. O conselho é que deixe a inspiração guiar sua escrita. Sentiu inspiração, escreva. E sobretudo nunca desista ou deixe de estudar, a vida é um constante aprendizado e devemos estar sempre renovando nossos conhecimentos.

POEMAS

SOLO ESTÉRIL 

Faz tanto tempo que caminho em solo estéril,
Por intermédio dessa triste maldição,
Que fiz império no reinado da escória
Da vã memória que habitou meu coração.

Quão violentos os desejos da minha carne,
Invalidada no desuso do meu corpo,
Fui dissipando na ferida que se abre
Em cada frase que auferi num gesto morto.

E foram estorvos que colhi no meu caminho,
Ouros mesquinhos de enorme falsidade,
Onde cravei incessante meus espinhos,
Acorrentando em meu peito a liberdade.

Até que um dia percebi que era tão tarde.
Todos meus atos de extorsão cobraram um preço
Que eu paguei me condenando a mocidade,
Quando cavei e não achei um recomeço...

(Vanessa Rodrigues)

ENCANECER 

Decompõe-se cada vinco da minha face
Na idade que não quero aparentar,
Ocultando em bases, cores multiformes,
Os inconformes que se formam em meu olhar.

Redescubro em minha pele uma estrada
De caminhos mal traçados e recobertos
Pelos anos, que desabam em grandes marcas
Que se alastram pelo flácido império.

Os meus passos mais cansados, menos firmes,
Se confundem e tropeçam nos caminhos
Que passei a vida toda, em declive,
Sendo triste e fiel aos meus espinhos.

Minhas mãos já não seguram as certezas
Que, de incertas, invalidam meu futuro,
Desabando em minha frente a fortaleza
Na beleza que outrora era meu mundo...

(Vanessa Rodrigues)

SANGRENTOS PRESSÁGIOS 

Em seus braços, eu chorei a saudade que previam meus anseios:
De perder para sempre os abraços que acalantam minha alma,
E deixar de viver a verdade desvendada nos segredos
Dos instantes mais profundos e sutis de nossa estrada.

Esta noite, revesti meu ventre do amargo sabor do adeus,
Revelado na lágrima incerta que rolou de seus olhos.
Senti que sofria a saudade futura, assim como eu.
Não me deixe jamais sem seus braços, meu amor, eu imploro.

De agora em diante prometa que não vai mais partir,
Sem levar-me a seu lado, não importa qual seja o destino.
Me reviva para sempre e não deixe jamais de sentir
A essência incontida que brota dos meus beijos sofridos...

Vanessa Rodrigues.

DEIXA-ME

Vai, mulher ingrata,
Sai da vista desse teu escravo.
Crava as feridas nesse peito inválido,
Segue tua estrada sem olhar pra trás.

Vai, maldita alma que amei,
Corre esse mundo, sente-te livre,
Ama como um bicho que não é mais triste,
Deixa para mim o que te arranquei.

Deixa-me os espinhos de tuas asas,
Deixa-me as crias que não soubeste amar,
Deixa-me teus vultos pela madrugada,
Deixa os fantasmas pra me assombrar.

Deixa-me a miséria, que esta já foi tua,
Deixa-me a tristeza que já sentiste, eu sei,
Deixa-me marcado pela saudade crua,
Deixa-me na rua onde te encontrei...

Vanessa Rodrigues.

OS QUATRO VENTOS 

Ofereço meu amor aos quatro ventos:
Que todos levem uma parte de mim.
Ofereço meus olhos ao firmamento,
Que firme em meus versos o que prometi.

Ofereço minha admiração ao universo,
Pois este é infindo como sempre quis ser.
Ofereço meus sonhos ao submerso,
Para que não morram no amanhecer.

Ofereço meu corpo à natureza,
Que toda sua beleza saberá cultivar.
Ofereço minha alegria à correnteza,
Que findará tristeza por onde passar.

Ofereço minhas lembranças ao anoitecer,
Pois todas viverão no sorriso meu.
Ofereço meu coração a você,
Que este sempre lhe pertenceu.

Vanessa Rodrigues.

3 COMENTÁRIOS:


CARLOS ALBERTO SOUSA disse...
A Vanessa sempre foi inquieta a procura de seu espaço reservado nas erupções das artes plásticas e da poesia que lhe afloravam desde a tenra idade. Seus desenhos delineavam com traços sutis a busca de momentos que a inspiração fluía na harmonia de seus traços. Assim também descobriu a literatura inebriada com poesias contemporâneas e sua verve de poeta livre e descompromissada com conceitos míopes de visão supra conservadora. Despudoradamente verteu para uma poesia insípida clamando verdades que o âmago visceralmente expele do seu talentoso manancial de sonhos e quimeras existencialistas. CARLOS ALBERTO SOUSA
Jorge Sader Filho disse...
Saiu-se muito bem, Vanessa! Deus poemas também estão excelentes, você é dona de muita sensibilidade e sabe criar. Parabéns! Beijo, Jorge
Angel Morote disse...
Parabéns pela entrevista prezada e querida Vanessa, tenho a sorte de trabalhar com você, inteligente, dinâmica, profissional e responsável, muitos sucessos hoje e sempre.!! Abraços, Angel Morote Editor do Rio das Ostras Jornal