LEVIANO
Há tanto tempo não te rimo
com meus versos,
Nem te reservo um minuto do
meu dia,
Eu, que pensei que teu
adeus era meu término,
Me percebi bem mais feliz
em tua partida.
Pensar que um dia eu te
chamei amor eterno,
Senti sabor no que me
provoca repulsa,
Lembrar teus lábios é
mergulhar num lago fétido,
Que hoje enterro no vão
passado em que fui tua.
Nada que fiz foi mais
inútil que te amar,
Nada que eu faça será em
prol de tua lembrança,
Foste um amargo pesadelo de
inverdades,
Foste um sóbrio devaneio de
criança.
As tuas taras me marcaram
eternamente,
E hoje entendo o quanto
foste leviano,
Me enganaste te fazendo de
bom moço,
Mas és um porco e eu te
odeio, ente profano.
(Vanessa Rodrigues)
Foto:
PublicDomainPictures.net / Domínio público.
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